- Merda! Merda! Mil vezes merda!
- Credo homem! O que que te deu agora?
Marcelo olhou pra cara de sua colega de quarto com um olhar de desprezo por se sentir forçado a detalhar o acontecido. Ela logo supôs.
- Deu merda no encontro com a sua namoradinha?
- Ela não é minha namoradinha, - respondeu ele enfatizando aquela negação, evidenciando a sua ira - não depois de hoje, concluindo a frase com um suspiro. Então deixou-se jogar no sofá, ao lado de Regina, que espojada lia um desses livros de banca de jornal. Com o despertar de sua curiosidade, lançou o livro em cima da mesa de centro e se ajeitou no sofá.
- O que houve então?
- Olha, eu já quebrei muito essa minha cara, mas dessa vez tá sendo foda.
- Ué?! Desembucha logo homem!
- Bom, você sabe que eu tava muito a fim dessa garota, né? Pois bem, eu tinha planejado pedir pra namorar hoje, ia levá-la no cinema, comer alguma coisa, acompanhá-la caminhando até a casa dela, e em algum lugar do percurso, elogiar a noite, e fazer essa infâme proposta. Eu tinha tudo planejado!
Marcelo ajeitou-se no sofá, e como se tomasse novo fôlego prosseguiu eloqüente o relato.
- Pois bem, mas você me conhece né Rê? Você sabe que eu não me jogo de primeira, fico um pouco cabreiro, com essas coisas. Então eu tive essa idéia de testar, pra ver se ela tava tão a fim quanto eu.
Regina tinha toda sua atenção voltada ao relato de seu amigo, e percebendo isso, Marcelo com toda sua eloquência prosseguiu o relato.
- Nós estavamos a fim de ir juntos naquele showzinho que teve lá no arpoador sábado passado. Daí, eu percebi que a melhor forma de testá-la seria dizer a ela que eu não estava mais querendo ir. Enfim, eu disse a ela que deveria ir sozinha, e hoje ao telefone, ela me disse que ficou com um cara por lá.
- Caralho! Que escrota!
- Pois é, ela ainda por cima disse que só fez isso por vingança!
- Vingança de que?
- É que eu falei que eu não ia, ela ficou insistindo pra eu ir. Daí eu disse pra que ela fosse sozinha, e pegasse quem ela quisesse. Mas mesmo assim, até o último minuto ela me ligou no celular e me chamou pra ir junto com ela.
Regina agora olhava pra cara do amigo, que de coitadinho da história passou a ser simplesmente retardado.
- Você comeu merda Marcelo? Como você fala pra menina isso? Ela ainda por cima gostava de você!
- Mas ela não devia ter ficado com outro cara!
- Ah tá! Repara bem na situação: se tivesse sido o oposto, se ela tivesse dito isso pra você, o que você faria?
- Com certeza a mesma coisa, teria ficado no mínimo com umas vinte, só de sacanagem! Mas...
- Que "mas" o caralho! Retardado! Qual é a diferença, se ela teve uma reação esperada?
- É mas mesmo assim, não rola mais. Eu vou namorar uma menina que sai a noite, e fica com os caras? Pra que? Só se for pra ser chifrudo!
Regina contorceu a cara, e agora, definitivamente tomou o partido da menina.
- Ah! Mas eu sei que você gosta de sair também! Por que raios ela não pode sair também? Isso é um machismo escroto.
Marcelo ficou quieto.
- Chauvinista, retrucou Regina ao silêncio.
Marcelo ficou pensativo.
- Você vai ligar pra ela amanhã! Ah se vai!
- Credo homem! O que que te deu agora?
Marcelo olhou pra cara de sua colega de quarto com um olhar de desprezo por se sentir forçado a detalhar o acontecido. Ela logo supôs.
- Deu merda no encontro com a sua namoradinha?
- Ela não é minha namoradinha, - respondeu ele enfatizando aquela negação, evidenciando a sua ira - não depois de hoje, concluindo a frase com um suspiro. Então deixou-se jogar no sofá, ao lado de Regina, que espojada lia um desses livros de banca de jornal. Com o despertar de sua curiosidade, lançou o livro em cima da mesa de centro e se ajeitou no sofá.
- O que houve então?
- Olha, eu já quebrei muito essa minha cara, mas dessa vez tá sendo foda.
- Ué?! Desembucha logo homem!
- Bom, você sabe que eu tava muito a fim dessa garota, né? Pois bem, eu tinha planejado pedir pra namorar hoje, ia levá-la no cinema, comer alguma coisa, acompanhá-la caminhando até a casa dela, e em algum lugar do percurso, elogiar a noite, e fazer essa infâme proposta. Eu tinha tudo planejado!
Marcelo ajeitou-se no sofá, e como se tomasse novo fôlego prosseguiu eloqüente o relato.
- Pois bem, mas você me conhece né Rê? Você sabe que eu não me jogo de primeira, fico um pouco cabreiro, com essas coisas. Então eu tive essa idéia de testar, pra ver se ela tava tão a fim quanto eu.
Regina tinha toda sua atenção voltada ao relato de seu amigo, e percebendo isso, Marcelo com toda sua eloquência prosseguiu o relato.
- Nós estavamos a fim de ir juntos naquele showzinho que teve lá no arpoador sábado passado. Daí, eu percebi que a melhor forma de testá-la seria dizer a ela que eu não estava mais querendo ir. Enfim, eu disse a ela que deveria ir sozinha, e hoje ao telefone, ela me disse que ficou com um cara por lá.
- Caralho! Que escrota!
- Pois é, ela ainda por cima disse que só fez isso por vingança!
- Vingança de que?
- É que eu falei que eu não ia, ela ficou insistindo pra eu ir. Daí eu disse pra que ela fosse sozinha, e pegasse quem ela quisesse. Mas mesmo assim, até o último minuto ela me ligou no celular e me chamou pra ir junto com ela.
Regina agora olhava pra cara do amigo, que de coitadinho da história passou a ser simplesmente retardado.
- Você comeu merda Marcelo? Como você fala pra menina isso? Ela ainda por cima gostava de você!
- Mas ela não devia ter ficado com outro cara!
- Ah tá! Repara bem na situação: se tivesse sido o oposto, se ela tivesse dito isso pra você, o que você faria?
- Com certeza a mesma coisa, teria ficado no mínimo com umas vinte, só de sacanagem! Mas...
- Que "mas" o caralho! Retardado! Qual é a diferença, se ela teve uma reação esperada?
- É mas mesmo assim, não rola mais. Eu vou namorar uma menina que sai a noite, e fica com os caras? Pra que? Só se for pra ser chifrudo!
Regina contorceu a cara, e agora, definitivamente tomou o partido da menina.
- Ah! Mas eu sei que você gosta de sair também! Por que raios ela não pode sair também? Isso é um machismo escroto.
Marcelo ficou quieto.
- Chauvinista, retrucou Regina ao silêncio.
Marcelo ficou pensativo.
- Você vai ligar pra ela amanhã! Ah se vai!